"Não se pode
escrever nada com indiferença". Assim é Simone de Beauvoir em
todas as suas obras. A escritora
francesa confirma a sua própria máxima na recém-lançada obra no Brasil “Mal-entendido em Moscou”. O texto foi
escrito entre 1966 e 1967, após Simone e seu companheiro, o filósofo existencialista
francês Jean-Paul Sartre, visitarem a capital da então União Soviética. A princípio,
a novela faria parte do conceituado “Mulher
Desiludida”, mas na última hora foi substituída pelo texto “A idade da
discrição”.
Os que conhecem um pouco da história do famoso casal
certamente reconhecem na narrativa de André e Nicole - dois professores
aposentados sexagenários em vista a Moscou dos anos 1960 -, as questões que devem
ter angustiado Beauvoir e Sartre.