domingo, 30 de maio de 2010

A insustentável leveza do ser

Recentemente, eu reli, após 25 anos, a obra "A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera. O fascinante de ler é o reler a mesma obra em momentos diferentes da vida. Aos 20 anos, enxerguei apenas o amor; aos quase 45, percebi o ser de todos as personagens e como a vida é breve.
Várias passagens no texto me chamaram a atenção.
E uma deles foi: "mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?(...) Será a vida um eterno rascunho?". 
Pois é, e como fazer dessa vida uma obra finalizada? Ou um texto bem escrito que mesmo quando apresenta momentos críticos são apenas para um belo desfecho?
Mas a vida é realmente um "eterno rascunho". Estamos sempre tentando novas mudanças e fazendo promessas para melhorar algo que julgamos estar errado ou não adequado. O que não percebemos, na verdade, é que passamos a escrever ou a desenhar um novo rascunho e assim por diante.